segunda-feira, 22 de março de 2010

56. O trauma do basquete

Aí vai mais um episódio para a série "gordo sofre". Muitas pessoas sabem que a escola pode ser uma experiência maravilhosa pra alguns, mas pra quase todos, é um lugar horrível e traumático. Lá estava eu em plena sexta série. Os dois dias mais temidos da semana era óbvio: os dois períodos da educação física. Naquela época, o ano era dividido em 4 períodos, cada um de um bimestre:

  • Volei
  • Atletismo
  • Basquete
  • Inter-séries (jogos, campeonatos entre todas turmas)

O último bimestre era ótimo. Enquanto os atléticos jogavam e competiam entre si, os perdedores não tão atléticos ficavam apenas olhando e torcendo. Era a melhor parte do ano. Mas enquanto o fim do ano não chegava, tinha as outras 3 pedreiras pra vencer.

Primeiro foi o Volei. Tirando os jogos inter-séries, este foi o melhor período do ano. Pois eu era ruim pacas, mas volei não tem nada traumático pra ninguem. O bimestre passou rapidinho.

Depois foi a vez do atletismo: a coisa foi piorando... Nos dias de futebol, cada capitão do time ia escolher quem ia jogar no seu time. Eu sempre, eu disse sempre fui o último a ser escolhido. Quando tinha um número ímpar de jogadores, então eu ficava de fora do jogo, treinando alguma outra modalidade qualquer. Quando era o dia de corridas em volta do campo, eu sempre era o último a chegar e ainda quase morria pra alcançar a linha de chegada. Mas eu era feliz e não sabia...

Até que chegou o dia do basquete. Ah o basquete... Por algum motivo, me escolheram pra ser pivot. (Não me pergunte o que é isso, pois eu não sei. Só sei que eu tinha que correr dum lado por outro, ou seja, era o cara que mais tinha que correr do time! Que azar.) Então, pra diferenciar os dois times: O time dos com camiseta, e o time dos sem-camiseta. É claro, eu fui sorteado pra cair no time dos sem-camiseta... Agora tente imaginar um gordo correndo sem camiseta...O jogo começou, eu gordo correndo dum lado pro outro enquanto os que olhavam gargalhavam de tanto rir dum gordo correndo sem camiseta. Ao olhar pro lado, eu vi gente chorando de rir. E assim foi durante o jogo inteiro. Não é preciso perguntar porque eu nunca mais quis ouvir a palavra basquete na minha vida. Ao terminar o jogo, eu quase morri de vergonha. Torcia pra nunca mais ter que participar daquele campeonato de humilhação novamente. Felizmente, nunca mais joguei basquete em toda minha vida...

Pronto, aí está o relato, pronto pra ser imortalizado na internet. Hoje é engraçado, mas na época, foi puro terror. Um grande abraço a todos!